Abaterei o Sol Negro

[ Dadolin ]

As nuvens negras cobrem a terra maubere
O sol negro espalha venenos de knuas a knuas
As fontes de água vomitam sangue
Os ferros cantam a melodia da guerra

Oa pássaros cessam de cantar
As almas manifestam as suas revoltas
Testemunhar o crocodilo banho de sangue
Resistir a sós contra o sol negro

Todos os seres vivos assistiam
Terra, mas e ceu também ouviam
Uma luta entre um indefeso e um poderoso
Mas todos se transformaran em pedras
Perante uma luta sangrenta
Entre vida e a morte

Crocodilo meu avô
Eu desejo o meu passado
O passado é a esperança do futuro
Continuarei seguir os teus rastos
Aqui no sumo de Matebian
Juro por minha alma
Com a fina ponta da minha pena
Abatarei o sol negro
O sol clarente renacerá em breve
Os loricos voltarão a cantar
Cantar o hino da liberdade

FR. Saky
Lisboa, 21 de Março de 1998


Dadolin seluk tan:

1. Menino de Timor

Maria Ivone Vairinho
(in “Livro da Dor e da Esperança”)