Presidente da Indonésia, Susilo Bambang Yudhoyono |
Jacarta, 20 ago (Lusa) - O Presidente da Indonésia, Susilo Bambang Yudhoyono, realiza a 19 de setembro a primeira visita oficial de um chefe de Estado indonésio a Portugal desde 1960, para encerrar o capítulo de Timor-Leste, segundo o chefe da diplomacia indonésia.
Em declarações à agência Lusa em Jacarta, o ministro dos Negócios Estrangeiros da Indonésia, Marty Natalegawa, considerou que mais importante do que o programa da visita, é encará-la "numa perspectiva geral", dado que a última vez que um presidente indonésio, na altura Sukarno, visitou Portugal foi em 1960.
"Trata-se de uma visita que o nosso Presidente, Susilo Bambang Yudhoyono, está muito interessado em realizar antes do termo do seu mandato, tal como a sua visita a Timor-Leste, porque irá permitir um encerramento muito importante de um capítulo e o início de um novo capítulo de amizade entre os dois países", salientou.
O chefe de Estado indonésio termina o seu segundo mandato a 20 de outubro e realiza uma visita oficial a Timor-Leste entre 26 e 27 de agosto.
Portugal cortou as relações diplomáticas com a Indonésia em 1975, na sequência da invasão de Timor-Leste, reatando-as em 1999.
Marty Natalegawa reforçou que atualmente a questão timorense "é um ponto que liga" os dois países e voltou a defender uma cooperação trilateral entre Portugal, Indonésia e Timor-Leste, repetindo uma ideia defendida em janeiro, aquando do seu encontro com o seu homólogo português, Rui Machete, em Lisboa.
Na agenda da visita oficial a Portugal estão encontros com o Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, e o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, e ainda uma intervenção no Parlamento.
O governante está ainda a trabalhar na organização da visita, pelo que não soube precisar quais os ministros que vão acompanhá-lo na comitiva - que segue depois para Nova Iorque -, mas deu conta da participação do setor privado e da realização de um fórum de negócios paralelo às atividades oficiais.
Apesar de ainda não ter decidido os pontos-chave do programa, o ministro dos Negócios Estrangeiros adiantou que a Indonésia quer sublinhar a aposta no comércio e no investimento feita por Cavaco Silva em 2012, naquela que foi a primeira visita de Estado de Portugal à Indonésia.
A cooperação nas áreas da educação e das energias renováveis voltou a ser referida pelo governante, que falou ainda no setor das pescas, visto que Portugal tem "know-how" neste campo.
Para Marty Natalegawa, embora o comércio entre os dois países tenha duplicado nos últimos três anos, o número "ainda não é bom".
Os portugueses foram os primeiros europeus a chegar ao vasto arquipélago da Indonésia, há cinco séculos, e a herança lusa em forma de património material, cultural, linguístico e religioso é recordada pela maioria dos indonésios, que associam muito mais o nome de Portugal a Cristiano Ronaldo do que a Timor-Leste.
AYN // EL
Lusa/Fim
20-08-2014
Em declarações à agência Lusa em Jacarta, o ministro dos Negócios Estrangeiros da Indonésia, Marty Natalegawa, considerou que mais importante do que o programa da visita, é encará-la "numa perspectiva geral", dado que a última vez que um presidente indonésio, na altura Sukarno, visitou Portugal foi em 1960.
"Trata-se de uma visita que o nosso Presidente, Susilo Bambang Yudhoyono, está muito interessado em realizar antes do termo do seu mandato, tal como a sua visita a Timor-Leste, porque irá permitir um encerramento muito importante de um capítulo e o início de um novo capítulo de amizade entre os dois países", salientou.
O chefe de Estado indonésio termina o seu segundo mandato a 20 de outubro e realiza uma visita oficial a Timor-Leste entre 26 e 27 de agosto.
Portugal cortou as relações diplomáticas com a Indonésia em 1975, na sequência da invasão de Timor-Leste, reatando-as em 1999.
Marty Natalegawa reforçou que atualmente a questão timorense "é um ponto que liga" os dois países e voltou a defender uma cooperação trilateral entre Portugal, Indonésia e Timor-Leste, repetindo uma ideia defendida em janeiro, aquando do seu encontro com o seu homólogo português, Rui Machete, em Lisboa.
Na agenda da visita oficial a Portugal estão encontros com o Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, e o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, e ainda uma intervenção no Parlamento.
O governante está ainda a trabalhar na organização da visita, pelo que não soube precisar quais os ministros que vão acompanhá-lo na comitiva - que segue depois para Nova Iorque -, mas deu conta da participação do setor privado e da realização de um fórum de negócios paralelo às atividades oficiais.
Apesar de ainda não ter decidido os pontos-chave do programa, o ministro dos Negócios Estrangeiros adiantou que a Indonésia quer sublinhar a aposta no comércio e no investimento feita por Cavaco Silva em 2012, naquela que foi a primeira visita de Estado de Portugal à Indonésia.
A cooperação nas áreas da educação e das energias renováveis voltou a ser referida pelo governante, que falou ainda no setor das pescas, visto que Portugal tem "know-how" neste campo.
Para Marty Natalegawa, embora o comércio entre os dois países tenha duplicado nos últimos três anos, o número "ainda não é bom".
Os portugueses foram os primeiros europeus a chegar ao vasto arquipélago da Indonésia, há cinco séculos, e a herança lusa em forma de património material, cultural, linguístico e religioso é recordada pela maioria dos indonésios, que associam muito mais o nome de Portugal a Cristiano Ronaldo do que a Timor-Leste.
AYN // EL
Lusa/Fim
20-08-2014
Sem comentários:
Enviar um comentário